segunda-feira, 28 de maio de 2012




    Ontem, domingo, fomos confirmar o valor da autêntica muqueca capixaba.  Realmente estava uma delícia.
Noel, o vizinho francês gente boa.

Tartaruga nas proximidades do pier.

Ao lado do Iate Clube tem uma feirinha nos finais de semana muito legal, com comidas típicas e artesanato. Fizemos amizade com a Ana, que toca uma barraca de açaí e sorvete. Marcamos presença no sábado e domingo.
     As crianças foram convidadas por umas meninas que fazem aula de optimist, para um cinema.  Saíram com elas e se divertiram.  Já estão descolados.
     Nossos vizinhos são bem legais. O Noel, francês, é um cavalheiro, sempre nos ajudando a desembarcar no pier. Passamos pelo baco dele, pois pela falta de vaga ficamos no final, sem escada para subir com maré baixa. Começamos a nos acostumar com o idioma, já que ele fala pouco português. Hoje ele ancorou na parte de fora, pois irá na terça sentido Salvador e tem que limpar o casco antes.  Talvez o Sobá saia no mesmo dia para Abrolhos. Quem sabe saímos juntos...
     Conhecemos o Fábio Falcão. Figuraça, que vive da náutica, mas adora motocicleta.  Nos fez uma visita e nos perdemos na prosa de rotas, rumos, barcos e aí derivamos para vários assuntos.  Ele morou no Rio de Janeiro na época dos primórdios do surf. Foi conversa muito divertida. O Daniel do Allegro estava também.  No final virou aula de nós, o cara sabe mesmo dar nó. O Fábio fez o contato com a Berna, de Abrolhos, solicitando nossa acolhida por lá. Valeu a força.
     Daniel e Marcos, do veleiro Allegro já se tornaram íntimos.  O Rodrigo vai para o barco deles, almoçamos juntos, vamos a feirinha, enfim, viraram amigos. Ontem o Daniel me deu uma grande força cibernética que estava precisando. Valeu demais.
     O iate clube daqui é bastante razoável.  Tem uma lojinha com bastante variedade, combustível, pessoal para algum reparo, dois restaurantes, sauna, piscina, um bom ambiente.O preço da estadia é 20 reais por tripulante, e o barco não paga. Vaga no pier com água e luz.  E nas proximidades um supermercado, lavanderia, farmácias, um comércio. Pode ser um bom lugar para uma parada estratégica.
Vitória tem um clima simpático.  As pessoas são agradáveis e prestativas. Nas proximidades do clube o nível é bom, organizado e limpo.
Daniel e Marcos do Veleiro Allegro.
O Sobá no final do pier.

Maite, Daniel, Diego, Rodrigo e Fábio em confabulações náuticas.

Ricardo indo trocar a lâmpada de tope do mastro.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

            Chegamos em Vitória, a cidade parece legal.  No pier alguns contatos feitos hoje.  Do veleiro Alegro, pai e filho estão retornando do Caribe, nosso futuro destino.  Com certeza eles irão passar dicas interessantes.  Ao lado um francês, que mal fala português e nem inglês, está viajando há dois anos desde a França, em solitário.
            Maite está feliz, pois o Sobá não balança nada e tomou um SUPER banho quente. Um pouco de civilidade de vez em quando faz bem...
            O Iate Clube Espírito Santo é bem confortável, com várias quadras, piscina, restaurante, etc... e em frente um parque, com pista de skate, para felicidade do Rodrigo.
Tranquilidade.



Olha lá a chuva, bem longe.
A travessia foi bem tranquila, com sol, sem vento, apenas o balanço da ondulação que estava grande.

terça-feira, 22 de maio de 2012


                Hoje fomos para Setiba.  É uma praia um pouco mais ao norte de onde estamos ancorados. Fomos de ônnibus.  No desembarque do bote em terra pegamos uma onda e Maite caiu na água.  Aliás já é a segunda vez que acontece “homem ao mar” na beira d’agua.  A primeira foi comigo, com 25 kilos de compras na mochila e a noite.  Sempre motivo de risadas...Após o incidente da Maite conseguimos uma carona de caminhão que nos poupou uns 50 minutos de caminhada. Começamos bem, com sorte.
É que o mar entre anteontem e ontem esteve de ressaca e mesmo em águas abrigadas tivemos ondulações grandes.  Onde estamos não foi diferente, muitas ondas com balanços intermináveis no nosso Sobá.  Por sorte já estamos nos acostumando aos balanços e não nos atrapalha o sono.  As crianças dormem direto, Maite também, eu um pouco mais alerta, nunca se sabe...Os pescadores locais tiveram problemas com suas pequenas embarcações e eu vi um pessoal tirando uma batera (tipo de bote) de dentro do mar e com muita dificuldade, houve até um choque de uma com as pedras que depois soubemos que avariou a pobre embarcação. Mar é assim mesmo.  Nos jornais várias notícias de problemas causados pela ressaca.
                Nosso plano era de ir para Vitória hoje, mas com essa ressaca, resolvemos ficar e esperar que o turbilhão passasse para sairmos mais tranquilos.  E por falar em mar agitado fomos ver umas ondas da tal Setiba, praia de mar aberto comentada pelo meu amigo Gilson, do veleiro Papa-Léguas, natural deste estado que disse “não deixe de ver essa praia, é o melhor surf da região”.  Fomos conferir.






                A praia realmente é linda, agreste e protegida pelo meio ambiente. E o mar valeu também.  Fica até parecendo que só tiramos fotos de surf, mas é que é meu esporte predileto e como tenho muitos amigos surfistas, vai para eles o registo do lugar.  Vale a pena realmente.

sábado, 19 de maio de 2012


Hoje foi mais um dia meio nublado, com chuvas esparsas.  Parece previsão do tempo, mas a previsão mesmo errou e esperávamos um dia de sol.  Mas assim mesmo aproveitamos o dia, lendo, surfando umas ondas pequenas que acabaram salvando o dia, pelo menos para o Rodrigo e para mim também, que sinto necessidade de me mexer . 
Hoje pela primeira vez perdemos a noção do dia.  Maite disse que ontem  era quinta e que somente no sábado viria o sol.  Quando amanheceu nublado pareceu normal. Pior foi quando descobrimos que não era sexta e sim sábado.  Maite chegou a ficar de mau humor por instantes...Queria sol.  Melhor não contrariar.
Doida essa sensação atemporal na qual todos os dias tem o mesmo peso e medida.  Sem o stress de hoje é final de semana e temos que fazer algo diferente,  divertir, ver as pessoas, enfim, tentar aproveitar o dia sem trabalhar para finalmente poder viver.  Estar viajando se torna um eterno final de semana, no qual a rotina não é uma constante e o simples prazer de ver um pôr do sol ou ficar lendo um livro porque está chovendo se torna normal e sem culpa.  É uma sensação ainda muito diferente para mim. Acostumado anteriormente a ter uma rotina de várias responsabilidades e dosar o tempo livre, viver esta mudança ainda é novidade.  Claro que existe responsabilidades a bordo, mas elas são mais simples e dependem unicamente de cada tripulante.  Quando em terra, alguns afazeres também  surgem mas é sempre novidade estar em um lugar novo com pessoas novas. Sensação de liberdade.  Fora o fato de estabelecer o quanto tempo permanecer em algum lugar, vamos para outro lugar, ou não, resolver ficar mais um pouco porque gostou. Foi o que aconteceu em Guarapari.  A princípio nem íamos parar, mas por circunstâncias do mau tempo entramos e ancoramos.  Total por casualidade paramos em um locar bem bonito, com relativa segurança, várias praias interessantes ao redor e acabamos ficando por aqui.
E nossa viagem está apenas começando e essa reviravolta na vida é para melhor é muito bom.  Sei que nem tudo será um mar de rosas, tempestades virão, mas o gostinho dessa estória já está me fazendo bem.




Hoje poucas fotos interessantes por conta do tempo meio cinza , mais o registro do clima de alegria de todos.
Com o dia nublado valeu a caidinha...

Postagem Ricardo Mondego

quinta-feira, 17 de maio de 2012


Hoje acordamos com um céu limpo e fomos ver as prainhas que tem aqui por perto para conhecer a área.
 Quando desembarcamos vimos uns pescadores perto e fomos ver se eles tinham peixe. Para nossa sorte eles tinham um peixe bem legal que foi o nosso almoço. Meu pai e Rodrigo foram levar o peixe para o barco e eu e minha mãe fomos ver as prainhas (que eles já tinham visto no dia anterior).
Salvadores do almoço


Mamãe feliz por conhecer a prainha
Nos surpreendemos quando vimos, no meio de um monte de pedras uma prainha minúscula, de uns 25 metros apenas, surgiu linda  e cheia de conchinhas. 

Tão perto, tão longe
Quando meu irmão e meu pai chegaram a gente voltou pra ver o outro lado e as outras prainhas e ficamos por lá mesmo.
   Depois do almoço meus pais foram à cidade, meu irmão foi surfar numas ondas de 20 cm e eu fiquei no barco para se acontecesse alguma coisa eu estava lá (ainda estamos inseguros quanto à ancoragem e uma chuva estava ameaçando chegar).



Foto por Rodrigo Mondego
 
 
 
                                                                                                    Postagem por Diego Mondego

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Relato da travessia Búzios-Guarapari.

    Saímos de Búzios às 6:30 da manhã, mais tarde do que planejávamos. A previsão era de tempo nublado, com chuva e ventos entre 7 e 10 nós. Esse era o prognóstico do litoral de Búzios.  Em Cabo de São Tomé a tendência seria aumentar toda essa situação. Partimos com esse quadro.
Motoramos umas 4 horas junto com as velas. Depois o vento aumentou e ficamos somente a vela, grande e genoa totalmente abertas.  A velejada estava ótima, ventos entre 15  nós e o Sobá nos 6, 7 nós. Me encantava ver o barco com cerca de 14 toneladas navegar tão bem. No início, até Cabo de São Tomé, o vento sudoeste era para nós uma orça , ou seja, íamos contra-vento todo o tempo e o barco se comportava maravilhosamente bem. Na verdade essa era nossa primeira experiência nessa condição e estávamos felizes. A viagem continuava tranquila, as crianças dormiam e comiam bem, eu e Maite nos mantínhamos na navegação. Apareceram uns golfinhos e fizeram a festa de todos.
    A virada do cabo era uma novidade apreensiva, pois todos falavam que era perigoso, havia um baixio (parte mais rasa) que poderia em determinadas condições, quebrar ondas, dificultando a passagem. Fizemos um trajeto passando bem por fora para evitar essa área. Tudo correu bem.
Olha o golfinho!
    Mudamos para o rumo de Guarapari por volta das 11 da noite. Sempre havia uma chuvinha. Pouco a pouco foi aumentando cada vez mais junto com o cair da noite. As crianças dormiam bastante, eu sempre na guarda da navegação, agora mais ainda com a condição piorando. O vento passou a girar entre 20 e 25 nós. Reduzi a genoa pela metade e mantive a grande aberta, na esperança que o vento se mantivesse nesse nível. O barco parecia uma locomotiva louca, subindo e descendo a ondulação de cerca de 3 metros e velocidade de 8 nós. Nos mantivemos um bom tempo assim até que resolvi rizar (baixar) a vela grande. O quadro era de tempestade e rizar uma vela nessas condições não era tarefa das mais simples.  Maite teve que alinhar o barco com o vento, eu coloquei um cabo de segurança e lá fui baixar a vela.  Alguns contratempos surgiram, mas com minha arte de engatilhar, consegui fazer toda a operação. A genoa com apenas uma pontinha e lá fomos nós seguindo nosso rumo, com uma emoção a mais por conta de todo o contexto.  No meio da noite o AIS (sistema que emite sinal rádio de outras embarcações para o nosso barco) soou alarme, ou seja, havia alguma coisa adiante a menos de 2 milhas. Desliguei o automático e desviei, eram duas plataformas petrolíferas. Nesse momento acordei a Maite, que justamente havia deitado para descançar, a ajudar a pôr o barco no rumo novamente. Vale a pena investir em equipamentos de segurança.
    Ao amanhecer Maite se levantou e a não gostou do que viu. Mar com ondas de 3 a 4 metros, vento que quebrava as ondas e eventualmente o mar lavava o convés. Nossa aventura era de verdade.  Talvez para velejadores mais experientes isso tudo seja normal, mas para nós nem tanto... Mantivemos um clima de tudo bem e as crianças ficaram nesta onda.  Na verdade estava tudo bem, apenas chovia, ventava e o barco continuava uma "locomotiva desgovernada".
    Finalmente chegamos em Guarapari.  A entrada para onde queríamos parecia um mar de ondas, e não víamos uma entrada.  Nosso GPS ''Santo GPS'' foi quem nos indicou a entrada. Buscamos um ancoradouro numa praia que havíamos verificado anteriormente e finalmente chegamos.
Dois créditos importantes: o manual Marçal Ceccon, que indica os lugares para ancorar e entradas do litoral do Brasil e do Ricardinho do Clube Naval que interfaceou o AIS no GPS plotter, sempre me avisando dos navios e plataformas do caminho.
Esse era o mar...
Clima descontraído das crianças.
 e

a cara de cansado do Capitão.

Já instalados e tranquilos almoçando.
    Hoje já fizemos um reconhecimento da área. Praia do Boião.  Estamos em frente a dois condomínios de luxo.  Já contactamos os responsáveis que permitiram nossa estada e inclusive permitiram nossa passagem para acessar a cidade. Descobrimos uma praia cerca que havia ondas e demos uma caída.  O mar é quente, mas o vento continua frio.  Maite fez comida gostosa (para variar). Estamos pondo a casa em ordem e as crianças estudando.

terça-feira, 15 de maio de 2012

E ae galera,
Estamos agora em Guarapari pra uma parada estratégia e acho que a gente vai pra Vitória amanhã. Capitão está descansando devido à travessia e Imediata também e mais importante, estamos todos bem!
Abraços,
Diego Mondego

sábado, 12 de maio de 2012

Publicação: Rodrigo.

Hoje nós acordamos na Ferradura,numa tranquilidade,saímos cedo pra pescar. Na ida o meu pai fez a simulação de homem ao mar sem sabermos!Chegando na Praia da Armação pegamos poucos peixes.Cada um comeu um .A minha avó e minha tia vieram para o dia das mães,quando elas chegaram  nós almoçamos  e saímos para Praia Brava. Fomos andando,mas eu não resisti e fui correndo pra ver as ondas!



         Chegamos lá achei que não daria pra surfar mas entrei pra tentar a sorte. Consegui pegar umas ondas boas mas,como nós só saímos do barco as 16:00 a praia não durou  tanto quanto eu esperava. Voltamos já era noite.
          Na volta nós paramos numa lojinha pra comprar um presente de dias das mães,a senhora nos deu um café que estava ótimo. Continuamos andando até o clube que está tendo um casamento,quando entramos no bote a minha tia quis remar, quase não chegamos no barco.Agora nós vamos para  Rua das Pedras,vou tentar achar um presente pra minha mãe e espero conseguir alguma coisa legal.

Família reunida

a minha avó veio para o dia das mães


sexta-feira, 11 de maio de 2012

Hoje decidimos nos aventurar pelo outro lado de Búzios e ir para Ferradura. Mas antes disso começamos o dia pegando finalmente o nosso bote de apoio que já estava no pier e por coincidência o pessoal do veleiro Acauâ estava botando água no veleiro deles e também aproveitando para lavar roupa. Casal muito simpático, quando perguntamos quanto tempo eles estavam viajando (pergunta meio clássica, claro) eles disseram que estão 12 anos!! e detalhe, sairam de Porto Alegre, mas só chegaram em Búzios tem 2 semanas! Esse sim que é um pessoal que gosta da vida no mar!! Eles aproveitaram para conhecer cada detalhe dos lugares por onde passaram. E quem conhece Ilha Grande e Angra sabe que deve ter sido difícil sair de lá rápido. Nós também acabamos botando água e lavamos algumas roupas. E acreditem se quiser, as crianças também lavaram as suas roupas, que maravilha!! Gostei de ver, tanto que tirei várias fotos...
Vidinha mais ou menos...

Maite e Rodrigo curtindo o caturro(balanço) do barco.

Nem tudo é diversão...



Pôr do Sol em ferradura
Pôr do Sol






Depois partimos para Ferradura. A praia é muito calma e estava tão bom que decidimos pernoitar aqui mesmo. Ricardo e Rodrigo foram mergulhar, eu também fui, mas voltei logo. Eles atravessaram a praia nadando, sempre tão dispostos! Eu voltei antes para fazer o almoço e acabei ajudando um pouco o Diego que ficou para terminar o estudo dele. Finalmente os dois terminaram o módulo e estão livres para o fim de semana que justamente vem a mãe do Ricardo para comemorarmos juntos o  dia das mães.
O dia terminou com um lindo pôr do sol, o que já é clássico por estes lados.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Hoje foi mais um dia de preparativos. Estamos querendo ir para Vitória na próxima frente fria que começa no domingo.  A ideia é sair na madrugada de domingo e seguir umas 35 horas até lá.
Pela manhã preparamos velas, pau de spiny, vários itens enquanto as crianças faziam os deveres do colégio.  Falta ainda fazer a linha da vida, fundamental para grandes travessias, pois mantém o tripulante preso a embarcação por todo o convés. O maior perigo em uma travessia é o "homem ao mar" pois o resgate nem sempre é fácil. Preparemos então a linha da vida, sempre observando a segurança.
Eu e Rodrigo fomos pescar e pegamos o almoço, peixes olho-de-cão. Pescamos num pier desativado próximo de onde estamos e já havia dois rapazes pescando por lá, mas não haviam pegado nada.  Nos deram camarão de isca e nos pusemos a pescar próximos. Em cerca de 20 minutos já havíamos pescado para todo o almoço e ainda demos alguns peixes para eles.  Mesmo estando ao nosso lado nossa pescaria era mais produtiva.  Fizemos esses novos amigos, um de Niterói e outro de Maricá.
Maite preparou feijão com arroz e muita salada e nós ficamos por conta do peixe na churrasqueira.
Visual da chegada.

O garoto gosta da coisa...

Parece propaganda de surf.

Visual da saída.

Felicidade da garotada.
Depois do almoço Maite saiu de compras e eu fui com as crianças para Praia Brava tentar um surf para as crianças.  O surf estava fraco, mas a tarde estava linda.

Postado por Ricardo Mondego


10/5/2012
La vida en Búzios
Estamos en Buzios ya hace más de una semana, y es increíble como uno rapidamente crea una rutina de alguna forma. Nuestro barco ya es nuestra casa. Estamos anclados en el Iate Club de Buzios. Después de tantas aventuras creo que quisimos un poco de paz y seguridad, y claro también, una ducha caliente!!  Como llegamos con el bote todo destapado porque sirvió para ayudar a retirar las anclas que nos encontramos, se acuerdan? El tesoro que encontramos con el ancla!! Bueno, nos costó el bote de apoyo. Así que el club nos está prestando un bote de madera que ellos usan poco. Esos botes de apoyo, uno no les da mucha bola pero son caros y a la hora de arreglarlos demora.
Bueno, hoy decidí hacer un programa diferente. Ir de compras. Un programa digamos más mujercita. Dejé a los hombres que se fueran a correr tabla y yo ya duchada y arreglada me fui atrás de unos bikinis. Al final de cuentas va a ser la “ropa” que más voy a usar. Recorri la calle de las piedras que es tan animada y llena de butiques y restaurantes super “charmosos” Caminar por el malecón es lindo. La vista a la hora del sunset es espectacular, con los barquitos en un mar liso y como papel de fondo el sol y las nubes de diferentes tonalidades. Vale la pena. Después fui a hacer compras menos divertidas, más reales; papas, tomates etc. Encontré un señor que tiene una tiendecita solo de verduras y frutas, mi casero ya, conversamos bastante mientras compro lo que necesito. Y en esa “caminata” volviendo de las compras “menos divertidas” es que estaba pensando como mi vida ya cambió. Acostumbrada a usar el carro 100% del tiempo. Más todavia porque vivía en un lugar que dependía del carro para todo. Y es tan raro ahora tener que hacer todo caminando!. Esa está siendo toda una adaptación. Ayer fuimos a Geribá en van. Fue muy loco también. Caminamos un buen pedazo, algo que nunc a más hice para ir a la playa o a cualquier lugar. Parece tonto, pero quien está acostumbrado a estar siempre en carro debe estar entendiendo lo que digo. Me sentí casi una adolescente. Haciendo todo en otro ritmo y a pie...

Postado por Maite Benavides