Chegamos no Iate Clube Juruju às 12:30 horas. Na verdade chegamos antes e paramos na praia de Adão e Eva, onde descansamos e preparamos o barco para chegar. O mar no regresso estava horríve, não de ondas, mas de cor. Muito escuro e frio. Desanimamos de dar um mergulho. O dia estava meio nublado também. Enfim fomos para o pier e foi a maior recepção. Fizeram uma festinha de comemoração, com salgadinhos e champanhe. Muitos amigos e parentes, além de sócios do clube que sabiam da nossa chegada. O diretor Sérgio Dalto esteve representando om clube na nossa chegada.
Já faz uma semana que chegamos, e foi só resolver problemas e ver pessoas. Problemas tipo, comprar carro, moto, colégio para as crianças, resgatar a casa, ...enfim, mil atividades terrestres que havia esquecido. E o trânsito? Muito diferente, todo mundo parece que dirige loucamente. Já quase bati 2 vezes, e não porque não dirijo (Europa ficamos com carro 3 meses), mas creio que o ritmo daqui está meio alucinado...
Que jeito, é a vida que vivia antes e vamos a ela. Não que eu queira estar numa situação diferente mas foi meio impactante. Sentimos também as coisas caras em relação ao tempo que partimos.
Bem vindo ao Brasil.
domingo, 22 de dezembro de 2013
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
Travessia de Cabo Verde –
Abrolhos - Brasil
Foi a travessia mais rápida que
fizemos. Levamos 18 dias para chegarmos a Abrolhos. Foi bem legal, apesar do vento forte e o mar
meio balançado. O clima foi bem legal e pegamos um peixe wahoo(cavala) enorme,
com 1,20 metros. Salvou a cozinha, pois
comemos peixe por uma semana. Diego se
apresentou para limpar o almoço e creio que se tornou o destrinchador oficial
de peixe. Foi peixe de todas as
maneiras, grelhado, cebiche, estrogonoff, com espinafre, ao curry,...tudo de
bom.
Em Abrolhos tudo tranquilo. Comunicamos a moçada do parque nacional e
rolou um passeio na Siriba, uma das ilhas do parque. Egno nos recepcionou de forma muito
solícita. Ao final do dia tinha voleibol na ilha de Santa Bárbara com a
moçada da ilha. A equipe Sobá não foi
muito bem no primeiro dia, mas no segundo ganhamos quase todas as
partidas. Muito legal a nossa parada,
tanto para descansar quanto para reparar a genoa que estava precisando.
De lá partimos sentido
Búzios. No caminho outro peixão, cavala
novamente. Ôba!!! Tudo tranquilo no setor alimentação.
O vento estava de popa e
estávamos com genaker andando em torno de 6, 7 nós. Então o vento aumentou
bastante e na hora de baixar a vela ela caiu na água e...rasgou. Foi o fim da minha vela preferida. Justo nesta navegada colocamos a genaker para
um lado e a genoa para o outro, muito legal e eficiente. Fiquei bastante chateado com a perda da minha
super colorida e linda vela... Quem sabe tem reforma.
No momento estamos em Búzios, que
chove bastante e aguardando para chegar dia 15 em Niterói. O Rio está em
calamidade, com tudo alagado e inundado, nada bom para nossa chegada.
Sobá , guerreiro e valente. |
Sal;
De Canárias partimos para Ilha de Sal, Cabo Verde. Das 10
ilhas são as que estão mais a leste do arquipélago. A travessia foi meio estressante, com vento
muito forte e de popa. Mesmo com o
preventer improvisado houve alguns “jaibes” (troca de posição da retranca) e
houve algumas avarias. O mar estava bem
grande, creio que uns 4 ou 5 metros, o
que colocou a navegação meio desconfortável e bem molhada. O mar atravessava o Sobá de fora a fora...
Mas cumprimos as 870 milhas em 6 dias.
No meio da travessia rolou o aniversário do Rodrigo, com direito a
guaraná, bolinho e tudo.
Na primeira ancoragem em Palmeiras sentimos a grande
diferença. Saindo de territórios
europeus entramos na África. Muita
pobreza e clima de terceiro mundo. Mas
fomos muito bem tratados por sermos brasileiros, eles adoram o Brasil. Na ancoragem apareceu o Krapun, veleiro de
bandeira brasileira com o Hélio, que vinha solitário. Claro que nos entrosamos rapidamente e de
cara ele almoçou conosco, com direiro a feijão e arroz. Logo chegaram os amigos Javier e Graziela,
do veleiro Horizonte. Ouvimos no rádio que eles estavam vindo e
que estavam sem o motor pois havia entrado um cabo no hélice. Fomos ao resgate
do Horizonte e ajudamos com o dingue a ancorar em Palmeiras. Eles nos contaram que a travessia também havia
sido bem ruim e perderam algumas coisas
do convés, inclusive o cabo que foi parar no hélice. Até água entrou para dentro da cabine.
Nosso grupo aumentou para
tres barcos e ainda ancoramos no meio da ilha sentido sul. Depois o Krapun partiu e fomos com o
Horizonte para Santa Maria, ao sul da ilha.
De lá partimos para o Brasil.
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