domingo, 22 de dezembro de 2013

Chegada em Niterói

Chegamos no Iate Clube Juruju às 12:30 horas.  Na verdade chegamos antes e paramos na praia de Adão e Eva, onde descansamos e preparamos o barco para chegar.  O mar no regresso estava horríve, não de ondas, mas de cor.  Muito escuro e frio. Desanimamos de dar um mergulho. O dia estava meio nublado também.  Enfim fomos para o pier e foi a maior recepção. Fizeram uma festinha de comemoração, com salgadinhos e champanhe. Muitos amigos e parentes, além de sócios do clube que sabiam da nossa chegada.  O diretor Sérgio Dalto esteve representando om clube na nossa chegada.
Já faz uma semana que chegamos, e foi só resolver problemas e ver pessoas.  Problemas tipo, comprar carro, moto, colégio para as crianças, resgatar a casa, ...enfim, mil atividades terrestres que havia esquecido.  E o trânsito? Muito diferente, todo mundo parece que dirige loucamente.  Já quase bati 2 vezes, e não porque não dirijo (Europa ficamos com carro 3 meses), mas creio que o ritmo daqui está meio alucinado...
Que jeito, é a vida que vivia antes e vamos a ela. Não que eu queira estar numa situação diferente mas foi meio impactante.  Sentimos também as coisas caras em relação ao tempo que partimos.
Bem vindo ao Brasil.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Travessia de Cabo Verde – Abrolhos - Brasil
Foi a travessia mais rápida que fizemos.  Levamos  18 dias para chegarmos a Abrolhos.  Foi bem legal, apesar do vento forte e o mar meio balançado. O clima foi bem legal e pegamos um peixe wahoo(cavala) enorme, com 1,20 metros.  Salvou a cozinha, pois comemos peixe por uma semana.  Diego se apresentou para limpar o almoço e creio que se tornou o destrinchador oficial de peixe.  Foi peixe de todas as maneiras, grelhado, cebiche, estrogonoff, com espinafre, ao curry,...tudo de bom.
Em Abrolhos tudo tranquilo.  Comunicamos a moçada do parque nacional e rolou um passeio na Siriba, uma das ilhas do parque.  Egno nos recepcionou de forma muito solícita.  Ao final do dia tinha  voleibol na ilha de Santa Bárbara com a moçada da ilha.  A equipe Sobá não foi muito bem no primeiro dia, mas no segundo ganhamos quase todas as partidas.  Muito legal a nossa parada, tanto para descansar quanto para reparar a genoa que estava precisando.
De lá partimos sentido Búzios.  No caminho outro peixão, cavala novamente.  Ôba!!!  Tudo tranquilo no setor alimentação.  
O vento estava de popa e estávamos com genaker andando em torno de 6, 7 nós. Então o vento aumentou bastante e na hora de baixar a vela ela caiu na água e...rasgou.  Foi o fim da minha vela preferida.  Justo nesta navegada colocamos a genaker para um lado e a genoa para o outro, muito legal e eficiente.  Fiquei bastante chateado com a perda da minha super colorida e linda vela... Quem sabe tem reforma.
No momento estamos em Búzios, que chove bastante e aguardando para chegar dia 15 em Niterói. O Rio está em calamidade, com tudo alagado e inundado, nada bom para nossa chegada.

Sobá , guerreiro e valente.
Ontem foi o aniversário da Maite, e almoçamos fora. Passamos o dia todo passeando. Pena que a chuva não está dando trégua...
Imagens inesquecíveis.
Sal;
De Canárias partimos para Ilha de Sal, Cabo Verde. Das 10 ilhas são as que estão mais a leste do arquipélago.  A travessia foi meio estressante, com vento muito forte e de popa.  Mesmo com o preventer improvisado houve alguns “jaibes” (troca de posição da retranca) e houve algumas avarias.  O mar estava bem grande,  creio que uns 4 ou 5 metros, o que colocou a navegação meio desconfortável e bem molhada.  O mar atravessava o Sobá de fora a fora... Mas cumprimos as 870 milhas em 6 dias.  No meio da travessia rolou o aniversário do Rodrigo, com direito a guaraná, bolinho e tudo.
Na primeira ancoragem em Palmeiras sentimos a grande diferença.  Saindo de territórios europeus entramos na África.  Muita pobreza e clima de terceiro mundo.  Mas fomos muito bem tratados por sermos brasileiros, eles adoram o Brasil.  Na ancoragem apareceu o Krapun, veleiro de bandeira brasileira com o Hélio, que vinha solitário.  Claro que nos entrosamos rapidamente e de cara ele almoçou conosco, com direiro a feijão e arroz.  Logo chegaram os amigos Javier e Graziela, do  veleiro Horizonte.  Ouvimos no rádio que eles estavam vindo e que estavam sem o motor pois havia entrado um cabo no hélice. Fomos ao resgate do Horizonte e ajudamos com o dingue a ancorar em Palmeiras.  Eles nos contaram que a travessia também havia sido bem ruim e perderam  algumas coisas do convés, inclusive o cabo que foi parar no hélice.  Até água entrou para dentro da cabine.

Nosso grupo aumentou para  tres barcos e ainda ancoramos no meio da ilha sentido sul.  Depois o Krapun partiu e fomos com o Horizonte para Santa Maria, ao sul da ilha.  De lá partimos para o Brasil.