quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Natal -
Estamos aqui há uma semana e todos os dias tem festa. Quando não é uma reunião dos velejadores, é uma apresentação de música ao vivo, café com o pessoal da vela do clube de Natal.... Como as crianças estão em Niterói, estamos aproveitando para curtir a dois as festinhas. No último sábado houve uma October Fest aqui, com uma banda super maneira com um repertório incrível. Ontem teve um anivesrsário da Magdalena, do Swan-Lake, e fizeram uma Paella da melhor qualidade.
O Baltic-Sun chegou e já estamos fazendo algumas atividades. Ontem fomos a Ponta Negra e curtimos uma praia legal. Outro dia pegamos um bote com motor e saímos esquiando pelo rio com prancha de surf.
Essa era a animação da October Fest de Natal


terça-feira, 23 de outubro de 2012


Fernando de Noronha –
Estávamos prontos para a nossa primeira regata, ou pelo menos achávamos.  Check-in, fila de veleiros para revisão da Marinha, muitos barcos num pequeno canal,  veleiros nervosos bordejando junto a linha da largada, um tumulto danado com barcos para lá e para cá.  Dada a largada partimos.  Foi bem emocionante aquele clima de 120 veleiros partindo para Fernando de Noronha  para uma travessia de dois dias aproximadamente.  A Marinha enviou barcos de apoio que garantiam as possíveis eventualidades, que inclusive houveram. Logo de início um catamarã quebrou o mastro e acompanhamos tudo pelo rádio.  Claro que foi à noite e a lancha de apoio teve que cruzar justo na nossa proa, tinha que ser com o Sobá, mais emoção...
Chegamos e tudo foi tranquilo. Vocês podem ver o relato do Diego que foi emocionante toda a onda da regata.
Noronha  tem o mar de uma cor especial.  A ilha é legal, mas me pareceu meio seco o clima, faltava verde.  Não era época de chuva... Mas o mar é demais.  Na ancoragem o Sobá estava com 15 metros de profundidade e mergulhei para ver como estava a âncora e simplesmente pude ver de cima todo o fundo.  Era o mar mais claro que já mergulhei, sem dúvida. E parece que estava “turvo”, e que poderia ainda melhorar a visibilidade...Será como então?
Largada da REFENO.

Surf em Noronha com veleiro ao fundo.

Diego também descendo as direitas do Boldró.

Ancoradouro ao lado do principal pico da ilha.






Golfinho de companhia na regata.

Água para dentro e arco-íris ao fundo.
Conseguimos ver toda a ilha.  Sempre surgia uma carona, caminhávamos, e até conhecemos um amigo, o Jacomin, que nos cedeu um Bugre e percorremos toda a ilha.  Destaque para umas formações vulcânicas bem interessantes.
Saímos bastante, inclusive à noite, onde sempre tem agito para os turistas, ou seja, nós.  Muitos contatos já com gente que vai para o Caribe e aproveitamos para ir colhendo informações.
Na sequência entramos numa outra regata para Natal.  Essa ja foi mais tranquila, pois já estávamos mais confiantes. Largamos bem e fomos navegando num ritmos bom.  O vento foi apertando e começou a ficar mais pesada a travessia.  Rizamos a vela mestra e fomos controlando a genoa.  O Sobá mergulhava sistematicamente e banhava todo o barco e eventualmente nós no coc-pit.  O Tinshel, do Ronaldo do Jurujuba, pediu socorro, havia perdilo o leme e a genoa e estava a deriva. Acabamos fazendo a ponte via rádio com a Marinha que foi ao seu encontro e ele veio rebocado até Natal, tudo bem.  Outros barcos também sofreram avarias.  O Sobá  bateu novo record de velocidade de 10 nós, mas acabou também soltando um terminal do stay de proa e tivemos que reduzir  as velas o que diminuiu nossa velocidade.  Nossa chegada atrasou e chegamos em Natal à noite, o que tornou a entrada meio tensa no canal.  Mas no final tudo deu certo.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012



                            Finamente Noronha!


    Estou começando o texto com essa frase porque é o único lugar de que eu tinha certeza de que íamos parar e (acho que falo por todos) o lugar com maior expectativa.
Quase chegando em Noronha, expectativa no olhar!
    Partimos do Clube Cabanga, Recife, às 13h00min do dia 13/10 junto com o Grupo de bandeira amarela da Refeno que incluía , além de nossa classe, mais duas classes. No total tem 120 barcos inscritos.
    Saímos do canal de Recife todos animados pra nossa 1ª regata e mais animados ainda porque estávamos passando alguns barcos. Claro que nossa travessia não podia começar tão bem assim,  acontece que havia uma tal de Boia Norte que era “marca de percurso” e tínhamos que deixa-la a bombordo (o lado esquerdo do barco, olhando para frente) e quase batemos nela. Acabamos tendo que voltar um pouco pois se não seríamos desclassificados da regata, assim, logo de cara!
    O resto da travessia foi tranquilíssima, velejamos uma orça firme com três velas e tivemos uma média de 7,5 nós, chegando a 9,5 numa rajada de vento (nosso novo recorde!).
    Para felicidade de todos avistamos Noronha por volta das 8:00 e maior ainda foi ver que o Papa-Léguas e o Pé-na-Tábua  tinham ficado para trás durante a noite!
    Mas é claro, nossa felicidade durou pouco. Novamente nos demos mal por causa de uma boia, mas dessa vez era a da linha de chegada. Quando fomos chegando próximo à linha de chegada o vento deu uma virada e ficou bem na nossa cara de tal modo que não tinha como ir reto até a linha de chegada velejando e tivemos que dar vários bordos, ou seja, mudar a vela de lado várias vezes. Essa é uma manobra cansativa  , ainda mais para nós inexperientes, e ela faz com que o barco vá bem devagar.  Tivemos que fazer a manobra tantas vezes que dois barcos passaram pela gente, por sorte eles não eram da nossa classe. Totalizamos a regata em menos de 48 horas e em 43º lugar geral para orgulho de todos que achamos que íamos ganhar o prêmio Tartaruga Marinha, que é dado ao penúltimo barco que chega em Noronha.        
A linha vermelha é o nosso percurso, a preta com duas bolinhas rochas é a linha de chegada. 
    Cansados e frustrados chegamos ao ancoradouro e para fechar a travessia  tivemos que ancorar três vezes.
    Na primeira a gente ficou muito no meio dos barcos e ficamos com medo de soltar e bater em alguém. A segunda vez foi porque ancoramos no meio do canal dos barcos aqui e tivemos que nos mudar até que na terceira (e última vez eu espero) ancoramos e ficamos.
    Todos cansados e sujos da travessia fomos dar um mergulho, à final estamos em Noronha e aqui a água é incrível.
    Entramos n’água e ficamos admirados, a água aqui é tão cristalina que só perde para o Poço Azul, na Chapada Diamantina. Ainda chocados com a cor da água um cardume  de uns seis ou sete golfinhos veio nos dar as boas-vindas e depois passaram por baixo do barco rumo ao horizonte, com meu pai nadando atrás deles e gritando em “golfinhês” pra chama-los.
  
Vista do ancoradouro


Morro do Pico. Desse ângulo da para ver a face de um Gigante!

            





















    Esse texto eu escrevi no nosso primeiro dia em Noronha mas não pudemos postar por falta de internet. Futuramente meu pai deve postar alguma coisa sobre a semana..
Abraços a todos,
                               Diego Mondego

sábado, 13 de outubro de 2012

Hoje é a largada da REFENO.  Todos na expectativa pois será a primeira regata do SOBÁ.  Fizemos vários amigos e seguiremos até Noronha com eles.  Muitos regressarão ao continente numa outra regata até Natal, como nós.
O tempo que passamos no Cabanga foi muito bom. Houve vários eventos entre eles uma Feijoada, regada a whisky e petiscos deliciosos. A noite de Olinda, na quarta feira foi super bonita. Levaram uma banda, bonecos gigantes e um pessoal que dançava frevo muito bem.  Para finalizar houve um  jantar dançante com uma banda tocando os Beatles. Tudo muito bom.

Na terça feira fomos conhecer o centro histórico e Olinda. Felizmente havia um trenzinho que leva os turistas subindo e descendo a cidade histórica. Muito lindo. Artesanato, igrejas antigas e casas que mantém o estilo da época também.
Fomos com os nossos amigos do Baltic Sun e com uma família de australianos, do veleiro Byamee, Muito simpáticos também, eles estão vindo da Australia e pretendem dar a volta ao mundo.
No trenzinho em Olinda 


Vista de Recife visto de Olinda

Altar de ouro da Igreja do Carmo, Olinda.
Aniversário do Gilson.Gustavo, Ricardo,Gilson, Ricardinho, Ronaldo,Torpedinho.
Igreja do Carmo


Rodrigo teve a grande sorte de poder ir ao Campeonato Brasileiro de Skate, na sexta feira. Conheceu o grande ídolo Sandro Dias o Mineirinho. Chegou no clube todo feliz. Só que eles assistiram aos treinos o evento mesmo seria no sábado.
Vai ai relato do Rodrigo:

         Eu queria ter visto o Lincon Ueda,mas ele não foi no treino, e  como era o nosso ultimo dia não tive a chance,mas eu vi o Sandro Dias (Mineirinho) então eu queria muito tirar uma foto com ele,no inicio eu tentava gritar o tempo todo pra ele mas depois eu desisti e fui ver ele andar,depois de altos aéreos ele caiu perto da grade!! e eu comecei a gritar,ele já tinha me visto e sabia que eu queria uma foto,eu gritei que tinha que ir embora ( não tinha ) e ele veio e tirou uma foto rápida e
voltou para as pistas!!!Eu finalmente tinha tirado a foto,mas como eu disse pra ele que tinha que ir embora a galera aproveitou e me chamou pra ir,mas eu nem precisava mais ficar eu tinha tirado a foto que eu queria e não estava rolando o campeonato,só o treinamento.
         Não vi o Lincon Ueda mas pude tirar a foto com o Mineirinho!
Michael,Tanzi,Diego,eu e o MINEIRINHOOO!!!!
          Eu não sabia que ia rolar o campeonato uma amiga minha me disse em cima da hora(Bia Sodré) ela me perguntou onde eu estava,eu disse que estava em Recife e ela me avisou do campeonato,me mandou o link de um site com informações e eu fui 2 dias depois.Foi muita coincidência ter um campeonato bem na hora,quando eu estava em Recife!!
         



               


quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Cabanga Iate Clube-Por aqui o clima é de muta festa.  Sempre um churrasco, ou quase sempre o convés de algum veleiro.  Fizemos uma tribo de cariocas e creio que nos destacamos pela alegria e barulho que emanamos por aqui.
Os Newman, do Baltik-Sun, continuam conosco. O clima deles melhorou pois eles estavam com problemas de permanência do barco deles no Brasil.  Tinham dado um prazo menor para embarcação por conta do vencimento do prazo da renovação.  Estive junto com eles junto a Receita Federal de Recife e consegui explicar a situação.  O agente acabou ajustando o prazo do barco com o visto dado pela imigração.  Todos felizes, pois podem permanecer até dezembro pelo Brasil.
Se juntaram ao grupo o Poul, Joice e sua filhinha Darion, de 6 anos, que estão vivendo à bordo a 3 anos, vindos da Austrália.  Muito simpáticos e estão no clube ao lado  junto com os Newman, mas sempre estão por aqui para as festas..
Ontem foi o aniversário do Gilson, do Papa-Léguas, e rolou o maior churrascão.  Clima ótimo e muita comemoração. Muitos acabaram dormindo cedo por excesso de álcool ...
Fomos a Olinda e curtimos um lindo passeio de trenzinho por toda a cidade. Fomos com todos os gringos.  Muito agradável o passeio e a cidade está bem cuidada e colorida.
Andamos meio entre festas e funções como checagem da Marinha, acertos no barco, abastecimento, e muitas conversas.
As crianças estão curtindo muito a piscina e até rolou uma seção cinema no shopping, tudo de bom.




sábado, 6 de outubro de 2012

     Chegamos em Recife.  A viagem foi bem tranquila, exceto as crianças que passaram mal no início.  Rodrigo ficou um pouco pior, mas depois voltou ao normal e ficou tudo bem. O Baltic-Sun também teve problemas com sua tripulação que também passou mal. Para piorar o piloto automático do barco deles pifou e só no final da viagem que o Alister consertou. Sempre íamos nos falando pelo rádio, o que nos mantinha informado sobre os acontecimentos. Nós acabamos nos adiantando um pouco.  O Sobá  veio que nem bala e chegamos anterior a previsão.  Fizemos 140 milhas em 24 horas, que é uma boa média.   Diego e Rodrigo já são tripulantes, e vieram fazendo seus turnos com responsabilidade.
     Aqui no clube reencontramos vários amigos.  Ricardinho do Naval, meu guru, o Chico de MM2000, o Léo do Leoa (estamos contrabordo com ele) o Jens, skiper de Vitória... um monte de gente que aos poucos quem está velejando por aí vai reencontrando.
     Estamos com um barulho no eixo do hélice. Nossa tentativa de subida no Aratu foi um desastre. O guincho do clube quebrou e fomos lançados tipo inauguração de navio novo, ladeira abaixo, e mais, com todos à bordo. Felizmente o barco parou na água sem maiores problemas, mas ao tentar rebocar para tirar da carreta o barqueiro atravessou o barco e eu com motor ligado pegou o cabo e ... a maior lenha.   Total, não consertamos e terminamos com um problema.  E é isso que vamos tentar resolver por aqui.  Tudo em cima do laço. Maré para subir na quinta, consertar rapidamente o eixo, e descer no sábado direto para regata. Bem emocionante...
   

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Amanhã estaremos partindo finalmente para Recife para no dia 13 começar a tão esperada regata Refeno (Recife-Fernando de Noronha).  Dessa vez nós acompanharão os veleiros Pé-na Tábua, do Gustavo, e o Baltic Sun, da família Newman.  Será o trajeto mais longo até agora, cerca de 360 milhas náuticas. Nossa previsão é de levar uns 3 dias.  A previsão está muito boa e com os nossos amigos por perto será mais legal.  Estamos animados.  Temos que fazer uma vistoria da Marinha do Brasil antes da regata para Fernando de Noronha. Quase todos os barcos que estavam no Aratu Iate  já foram, só restam nós e o Papa-Léguas, do Gilson, que está esperando o Rogério para subir
Nossa estada aqui no Aratu foi muito agradável e com bastantes mordomias. Ficaremos mal acostumados. Botinho que leva e busca, sem a gente ter que molhar o pé, bate papo com os velejadores que estão sempre por perto etc.  Houve uns contratempos mas felizmente nada sério. O pessoal do clube é super prestativo e as instalações muito boas.  Nesta semana estivemos com velejadores que fizeram o Costa Leste (ABVC) e agora estão subindo para fazer a  regata REFENO.  Houve churrasco de confraternização, cerveja, muitas estórias de velejadores,... Sempre bom estar em contato com este mundo ao qual estamos pertencendo e vendo que as pessoas tem dúvidas e que cada comandante tem uma forma de agir diante de uma situação adversa.
Até Recife...