Estamos meio em falta com as atualizações do blog. Vários motivos vieram a postergar. Um deles foi a agitação dos dias, muitas
coisas para fazer. A outra foi depois que saímos de Itacaré, a
falta de internet.
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Peixada na brasa com Gustavo e Marcelo em Camamu. |
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Muitos arco-íris ao longo... |
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Cajaíba, estaleiros artesanais de escunas e traineiras. |
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Leia o que está na placa... |
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Ilha do Sapinho, Camamu. |
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O "Dotor", nosso guia por todos os lados |
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Família na reserva do Pratiji. |
Então retornemos a Itacaré.
Ficamos lá cerca de 4 semanas.
Houve vários passeios.
Estivemos em Itacaresinho, lugar paradisíaco com coqueiros, rios saindo
no mar, aguá cristalina e surf. Curti um momento bem legal que foi surfar com
Diego e Rodrigo, sem mais ninguém, coisa de sonho. Fomos com um pessoal que conhecemos, da turma
do Cláudio, carioca radicado na Bahia há 25 anos. Ele tem várias propriedades
na região e este lugar era um deles. No
mesmo passeio estivemos numa fazenda próxima, com plantação de cacau, genipapo,
banana, etc. Nunca havia comido cacau
fruta e gostei muito, mas Rodrigo ficou viciado na fruta, comeu vários. Não tem
muita polpa, mas é delicioso chupar os caroços. Depois disso só suco de cacau.
Estivemos também no Pratigi, uma reserva ao norte, cerca de
90 kilômetros de Itacaré. O Cláudio nos
emprestou o carro e fomos conhecer a área. Lá ocorrem festas “rave”, com várias
apresentações de arte de todos os lugares.
Bastante frequentada por estrangeiros.
Conecemos milhões de pesoas em Itacaré, todo mundo se
falava. Nós éramos o “pessoal do veleiro”, e como a cidade é pequena, todos já
sabiam da nossa existência. Pouco apouco
fomos nos tornando locais, até porque permanecemos muito tempo por lá. Foi
muito boa a nossa etapa Itacaré, mas como tudo que é bo acaba, tivemos que
partir...
Próxima parada, Baia de Camamu. Saímos bem cedo no dia 4 de agosto, na maré
cheia. A saída foi meio tensa, pois apesar da maré grande (lua cheia) havia
bastante ondulação. O Sobá parecia um cavalo selvagem, sacudindo para todos os
lados e as ondas vinham de frente com cerca de 2 metros. O Sobá subia e descia jogando água para os lados. Al lado do farol
ondas parecendo indonésia, tipo nós sem arrembentação e ao lado as ondas
quebrando enormes, conforme disse a situação estava “tensa”, mas passamos
bem. A velejada foi tranquila até a
entrada da baia. Quando chegamos no Campinho, uma ilha que planejávamos parar,
surpresa, o Cruzeiro Costa leste, flotilha que viaja do Rio de Janeiro até
Salvador, estava ancorada por lá. Havia dois barcos de Niterói entre eles. Um era o Tinshel, do Ronaldo, que estava
acompanhado do Caetano, outro grande camarada. Outro era do Papa-Léguas, do meu
grande amigo parceiro Gilsom, mas que não estava lá. Ele teve que ir direto para Salvador pois seu
parceiro Rogério, pai recente, tinha que retornar para ver a filha de 3
meses. Gilsom e Rogério estiveram
inclusive uma noite em Itacaré nos visitando, quando a flotilha estava em
Ilhéus. Eles viajavam em 3 com o Pedro, pai do Gilsom.
Chegamos e achamos um lugar no meio dos vinte e poucos
veleiros na ancoragem. Ícaro, conhecido
meu de Bracuhy, Angra dos Reis veio me cumprimentar e já me convidou para um
passeio no dia seguinte para Cajaíba, local conhecido pela indústria artesanal
de escunas e traineiras. O passeio seguia para um quilombo onde iríamos almoçar
e para finalizar uma passada na cacheira “da pancada”. Só que o motorista da
nossa locomoção não sabia da parada na cachoeira e fomos direto para o píer. Tentamos retornar mas já era tarde e acabamos
não conhecendo a cachoeira. Nem tudo é
perfeito, mas o passeio foi ótimo.
No passeio conhecemos o Marcelo e o Gustavo, do veleiro
Pé-na-Tábua, que também foram e também
não estavam junto com a flotilha. Ambos cariocas e rapidamente nos tornamos
amigos. O pessoal do Costa Leste partiu
no dia seguinte e ficamos apenas nós no ancoradouro, o Sobá, o Pé-na-Tábua e
mais um de uns gringos que não conhecemos. Com eles fizemos um passeio do
Campinho até Taipu de Fora, onde supostamente haveria ondas para surfar. Saímos
empolgados com as pranchas. Deveríamos passar por dois rios, então não levamos
máquina fotográfica, o que foi um erro fatal.
No caminho paisagens lindíssimas que ficaram registradas apenas na nossa
memória. O passeio parecia maratona,
pois nunca chegávamos. Andamos cerca de 4 horas seguidas. Gustavo disse que já não era maratona e sim
“iron-man”, competição pesada. Comentário pertinente. Finalmente chegamos e havia algumas
ondas. Caímos eu e o Rodrigo, os mais
fissurados. Gustavo e Diego desistiram
pois já estava meio tarde. No meio do
caminho contactamos o “Raimundo”, conhecido da outra dupla que tinha um Saveiro
e nos resgatou, felizmente. Neste mesmo dia fizemos um peixe (pescado por
Marcelo nesta manhã)na brasa acompanhado de outros quitutes. O jantar foi no Sobá. No dia seguinte ainda rolou uma fogueira co
direito a batata e cebola assada. Maite
e a moçada da barraca local fizeram uns pastéis.
Como Maite tem que chegar a Salvador (vai para Niterói
resolver umas coisas), partimos para Morro de São Paulo. A viagem começou ruim, balançando um pouco,
mas depois coloquei o pau de spy e velejamos “asa de pompo”, o que melhorou
muito. Pegamos nosso primeiro Pirajá, tempestade rápida com ventos fortes, mas
que dura pouco. Felizmente previmos a situação e baixamos as velas rapidamente.
O episódio passou e depois o barco
velejou numa média de 5 nós e chegamos
uma hora antes em Morro. Batemos
o record do Sobá com 9.4 nós, mas numa “surfada” na onda. Ancoramos ontem próximo a cidade e hoje
fizemos um reconhecimento da área. São literalmete morros com praias. Há um
forte antigo, com muros que rodeiam o morro principal da entrada. O lugar
bonito, sem carros e com construções antigas. Tem muito turista e a cidade
parece preparada para muita gente. Hoje
vamos lá novamente ver como é a noite.