terça-feira, 28 de agosto de 2012

Mais uma publicação sobre Morro de São Paulo.  Na verdade já estamos em Itaparica, chegamos ontem.
Quando partimos de Itacaré pensávamos que estávamos deixando para trás um dos melhores lugares da viagem.  Lá era tudo de bom. Lindas praias, gente legal, amigos, visual..., enfim um lugar perfeito. Passamos por Bahia de Camamu meio rápido, e realmente já era outra onda.  Era legal mas não tinha o clima de Itacaré. Quando partimos para Morro nossa expectativa não era muito boa.  Falavam que era um lugar muito turístico e grande, a possibilidade de surfar era pequena, ... total não esperávamos muito.  Mas em pouco tempo em Morro o quadro se reverteu.  Rodrigo de cara encontrou uns amigos, entrou um swel grande que permaneceu por toda a nossa estada, conhecemos várias pessoas legais, revemos amigos que havíamos conhecido em Itacaré, o Rogério, que estava com sua filha Julia ,  Marcelo e Gustavo do veleiro Pé-na Tábua, que estavam em Camamu. e ainda conhecemos toda a moçada local do surf, que foi super. Aliás tem muita onda em Morro. E nós fomos afortunados pois um swel como este, tão extenso é raro.          Conhecemos a moçada da tirolesa que inclusive apostou que eu não desceria no estilo "superman" e eu desci e ganhamos várias outras descidas por conta disso, pessoal maneiro.  Legal também foi o Leo, de Salvador que foi para Morro onde tem uma casa em frente ao "point" que era na primeira praia, com seu cunhado Bruno, de Natal. Foi justamente na semana que Maite foi para Niterói resolver umas coisas que eles estavam por lá e nos adotaram. Ficávamos durante todo o dia, fazíamos comida, tomávamos banho, e depois à noite regressávamos para o barco. Foram dias muito felizes que passamos juntos.  Quando Maite regressou curtimos outras pessoas. Raisa, paranaense que tirava fotos da moçada do surf,  nos convidou para ir na sua casa. Fomos à noite e não havia luz neste dia, então rolou um violão com sorvete a luz de velas.  Junto conhecemos a Rose "brownie" , apelido dado devido aos deliciosos brownies que ela vendia. Um dia nos convidou para comer umas pizzas na sua casa.
Diego se encontrou no surf, e descia ondas grandes na maior emoção. Rodrigo com sua gurizada no point do "quebrancinho", de ondas menores evoluindo nas manobras mais radicais, trazendo da base do skate.  Eu curtindo horas dentro d'água com Diego, fechando a praia  até o fim de tarde.  Só saíamos quando acendia o farol.  No último dia indo embora rolou um acidente comigo. Na hora de entrar no bote veio uma onda e na tentativa de segurar o bote e não cair, pois estava com a máquina fotográfica na mochila, pisei numa pedra e cortei o calcanhar bem feio. Como era noite só vi no barco o estrago.  Foi a nossa chance de usar os primeiros socorros aprendidos em Lima, Peru.  E lá fui eu aplicar anestesia, cedida pelo meu camarada Dudu dentista, e costurar minha própria pele.  A coisa não foi tão difícil. Todos ajudaram e Diego acabou dando o último ponto. É sempre bom saber como proceder em caso de emergência e me pareceu uma boa oportunidade. Agora falta ver o resultado em poucos dias.

Rodrigo, Bruno, Leo, Ricardo, Pico-Pico(escondido e Brunão.

Vista do Sobá ancorado ao fundo.



Rose "brownie" e Raisa.

Galera da praia com o pessoal da tirolesa.

Moçada local do surf.

Ganhando a aposta na tirolesa, estino "morcego" e não "superman..."

Rodrigo aprimorando manobras radicais.
Adiante conto nossa chegada em Itaparica , com direito a encalhada  e tudo. Ficamos sem motor e tivemos que entrar na vela, Mas no final tudo certo. Acabou sendo nossa socialização com o pessoal da marina.

sábado, 25 de agosto de 2012

Ola moçada. Mais uma vez as atividades impedem  manter o blog atualizado.
Uma estória legal que aconteceu outro dia foi a seguinte.  Viemos todos para o Morro (de SP) mas o dia estava meio ruim e começou a chover. Maite e Diego queriam retornar para o barco. Eu e Rodrigo queríamos ficar, como sempre.  Então eles foram com o bote de apoio e nós ficamos na cidade. Surfamos, aprendi a fazer chapéu de folha de coqueiro com meu camarada Augusto, fomos lanchar na padaria do "Seu Bonzinho", um argentino que não gosta de ser argentino, uma figura. Por fim já era noite e resolvemos voltar para o barco.  O plano era ir até um pier próximo ao veleiro, o Iate Clube, que de clube não tinha nada e nem de iate.  Mas a maré estava cheia e não conseguimos chegar ao tal do píer. Tentamos várias maneiras mas não deu. Numa das tentativas deixei Rodrigo numa pedra e tentei atravessar pela praia,e nada. Pior, Rodrigo levou um banho de uma onda e ficou molhado.  Desistimos então  retornamos  para a cidade e telefonamos para a galera do Sobá para o novo local do resgate. Problema , o  Diego não conseguia ligar o motor do bote. Já era tipo 9 horas da noite e não havia quase ninguém no píer. Poderia haver uma lancha mais tarde mas não era certo.  Fiquei tentando dar dicas para Diego ligar o motor e nada, até que terminaram os créditos do celular (maldito plano da Claro....) Pronto, nós dois ali ilhados na cidade sem poder retornar ao barco e sem comunicação dos próximos acontecimentos.  Começamos a jogar "a dedanha".  Nisso por baixo do piér que estávamos surge uma canoa com o seu Badá, figura nativa, que iria ver a rede dele.  Detalhe, no dia anterior quase colidimos à noite, ele na canoa e nós no bote e justamente nos o conhecemos ao dia seguinte e comentamos a situação, mas tudo foi bem tranquilo, sem risco, apenas engraçado.  Soubemos que o Sr. Badá tem glaucoma e não enxerga muito bem.  Total, pedimos uma carona para ele e ele prontamente disse que sim , precisaria apenas pegar outro remo para eu poder ajudar a remar.  E lá fomos nós, felizes e resolvidos.  No caminho fui "dirigindo" a canoa com o lado da minha remada pois nos demos conta da dificuldade real de visão do nosso camarada Badá.  Chegando rapidamente tentei ligar o motor do bote para levá-lo de volta mais facilmente, mas enquanto pus o motor para funcionar e Badá já estava longe. Fui atrás dele mas quando o alcancei já estava no "pesqueiro".  Agradeci novamente e retornei.

sábado, 18 de agosto de 2012



  Estamos em Morro de São Paulo, eu, Diego e Rodrigo. Maite foi para Niterói\RJ resolver uns problemas e receber os pais dela que estão vindo do Peru.  Já estamos locais, conhecemos um monte de gente.  Rodrigo arrumou uma galerinha de nativos e fica com eles direto. Já estamos com várias atividades semanais.  Segundas, quartas e sextas, capoeira com o Mestre Carlito à noite, aproveitamos para tomar um banho , pois o local é uma pousada. De dia surf direto.  Diego e Rodrigo evoluindo cada vez mais no esporte. Nós três nos virando bem sem a Maite. Diego já está fazendo arroz e eu ousei numa muqueca de peixe. Ninguém está passando fome.  Muita fruta para passar o dia .  As tarefas do barco e estudo também vão caminhando. Eventualmente damos uma geral no barco e as crianças seguem nos deveres à distância.

Binho, Dinho e Andinho (não sei qual é qual)


É apenas uma prévia, posteriormente mais sobre Morro.









sábado, 11 de agosto de 2012


Estamos meio em falta com as atualizações do blog.  Vários motivos vieram a postergar.  Um deles foi a agitação dos dias, muitas coisas para fazer.  A  outra foi depois que saímos de Itacaré, a falta de internet.
Peixada na brasa com Gustavo e Marcelo em Camamu.

Muitos arco-íris ao longo...

Cajaíba, estaleiros artesanais de escunas e traineiras.

Leia o que está na placa...

Ilha do Sapinho, Camamu.

O "Dotor", nosso guia por todos os lados


Família na reserva do Pratiji.


Então retornemos a Itacaré.  Ficamos lá cerca de 4 semanas.  Houve vários passeios.   Estivemos em Itacaresinho, lugar paradisíaco com coqueiros, rios saindo no mar,  aguá cristalina e surf.  Curti um momento bem legal que foi surfar com Diego e Rodrigo, sem mais ninguém, coisa de sonho.  Fomos com um pessoal que conhecemos, da turma do Cláudio, carioca radicado na Bahia há 25 anos. Ele tem várias propriedades na região e este lugar era um deles.  No mesmo passeio estivemos numa fazenda próxima, com plantação de cacau, genipapo, banana, etc.  Nunca havia comido cacau fruta e gostei muito, mas Rodrigo ficou viciado na fruta, comeu vários. Não tem muita polpa, mas é delicioso chupar os caroços. Depois disso só suco de cacau.
Estivemos também no Pratigi, uma reserva ao norte, cerca de 90 kilômetros de Itacaré.  O Cláudio nos emprestou o carro e fomos conhecer a área. Lá ocorrem festas “rave”, com várias apresentações de arte de todos os lugares.  Bastante frequentada por estrangeiros.
Conecemos milhões de pesoas em Itacaré, todo mundo se falava. Nós éramos o “pessoal do veleiro”, e como a cidade é pequena, todos já sabiam da nossa existência.  Pouco apouco fomos nos tornando locais, até porque permanecemos muito tempo por lá. Foi muito boa a nossa etapa Itacaré, mas como tudo que é bo acaba, tivemos que partir...
Próxima parada, Baia de Camamu.  Saímos bem cedo no dia 4 de agosto, na maré cheia. A saída foi meio tensa, pois apesar da maré grande (lua cheia) havia bastante ondulação. O Sobá parecia um cavalo selvagem, sacudindo para todos os lados e as ondas vinham de frente com cerca de 2 metros.  O Sobá subia e descia  jogando água para os lados. Al lado do farol ondas parecendo indonésia, tipo nós sem arrembentação e ao lado as ondas quebrando enormes, conforme disse a situação estava “tensa”, mas passamos bem.  A velejada foi tranquila até a entrada da baia. Quando chegamos no Campinho, uma ilha que planejávamos parar, surpresa, o Cruzeiro Costa leste, flotilha que viaja do Rio de Janeiro até Salvador, estava ancorada por lá. Havia dois barcos de Niterói entre eles.  Um era o Tinshel, do Ronaldo, que estava acompanhado do Caetano, outro grande camarada. Outro era do Papa-Léguas, do meu grande amigo parceiro Gilsom, mas que não estava lá.  Ele teve que ir direto para Salvador pois seu parceiro Rogério, pai recente, tinha que retornar para ver a filha de 3 meses.  Gilsom e Rogério estiveram inclusive uma noite em Itacaré nos visitando, quando a flotilha estava em Ilhéus. Eles viajavam em 3 com o Pedro, pai do Gilsom.
Chegamos e achamos um lugar no meio dos vinte e poucos veleiros na ancoragem.  Ícaro, conhecido meu de Bracuhy, Angra dos Reis veio me cumprimentar e já me convidou para um passeio no dia seguinte para Cajaíba, local conhecido pela indústria artesanal de escunas e traineiras. O passeio seguia para um quilombo onde iríamos almoçar e para finalizar uma passada na cacheira “da pancada”. Só que o motorista da nossa locomoção não sabia da parada na cachoeira e fomos direto para o píer.  Tentamos retornar mas já era tarde e acabamos não conhecendo a cachoeira.  Nem tudo é perfeito, mas o passeio foi ótimo.
No passeio conhecemos o Marcelo e o Gustavo, do veleiro Pé-na-Tábua, que também foram e também  não estavam junto com a flotilha. Ambos cariocas e rapidamente nos tornamos amigos.  O pessoal do Costa Leste partiu no dia seguinte e ficamos apenas nós no ancoradouro, o Sobá, o Pé-na-Tábua e mais um de uns gringos que não conhecemos. Com eles fizemos um passeio do Campinho até Taipu de Fora, onde supostamente haveria ondas para surfar. Saímos empolgados com as pranchas. Deveríamos passar por dois rios, então não levamos máquina fotográfica, o que foi um erro fatal.  No caminho paisagens lindíssimas que ficaram registradas apenas na nossa memória.  O passeio parecia maratona, pois nunca chegávamos.  Andamos  cerca de 4 horas seguidas.  Gustavo disse que já não era maratona e sim “iron-man”, competição pesada. Comentário pertinente.  Finalmente chegamos e havia algumas ondas.  Caímos eu e o Rodrigo, os mais fissurados.  Gustavo e Diego desistiram pois já estava meio tarde.  No meio do caminho contactamos o “Raimundo”, conhecido da outra dupla que tinha um Saveiro e nos resgatou, felizmente. Neste mesmo dia fizemos um peixe (pescado por Marcelo nesta manhã)na brasa acompanhado de outros quitutes.  O jantar foi no Sobá.  No dia seguinte ainda rolou uma fogueira co direito a batata e cebola assada.  Maite e a moçada da barraca local fizeram uns pastéis. 
Como Maite tem que chegar a Salvador (vai para Niterói resolver umas coisas), partimos para Morro de São Paulo.  A viagem começou ruim, balançando um pouco, mas depois coloquei o pau de spy e velejamos “asa de pompo”, o que melhorou muito. Pegamos nosso primeiro Pirajá, tempestade rápida com ventos fortes, mas que dura pouco. Felizmente previmos a situação e baixamos as velas rapidamente. O episódio passou e depois o  barco velejou numa média de 5 nós e chegamos  uma hora antes em Morro.  Batemos o record do Sobá com 9.4 nós, mas numa “surfada” na onda.  Ancoramos ontem próximo a cidade e hoje fizemos um reconhecimento da área. São literalmete morros com praias. Há um forte antigo, com muros que rodeiam o morro principal da entrada. O lugar bonito, sem carros e com construções antigas. Tem muito turista e a cidade parece preparada para muita gente.  Hoje vamos lá novamente ver como é a noite.