| Sobá ao Vento

26-junho

Santo André – Realmente este lugar foge do tradicional. Tivemos sorte pois conhecemos justamente as pessoas certas. De primeira o Carlindo, figura local muito conhecida e de maior astral, tranquilo e gente boa. Ele é velejador e adora kite-surf. Tem um trabalho social junto a comunidade e ensina esportes a vela. Também ele que entra os veleiros da ABVC (Assoc. Bras. De Velejadores de Cruzeiro) quando há o Costa Leste. Virou nosso amigo e está previsto umas aulas de kite para todos.

Conhecemos o Bernardo, um mineiro de BH que vive a sete anos a bordo de um Amel , um veleiro de 50 pés e agora está partindo para o Caribe sem escalas. Ele também foi super legal conosco. Nos emprestou um wake-board e ainda seu bote inflável com motor de 15 hp. Festa para todos pois a entrada do rio é como uma lagoa e ideal para esse tipo de curtição.

Também conhcemos a Vera, dona do camping que coincidentemente é de Niterói.

Estivemos em uma praia próxima chamada Mogiquiçaba, conhecida pelos surfistas. Não fomos muito felizes pois o dia estava chuvoso e ventava um sudoeste forte. Eu e Rodrigo tentamos umas ondas, mas nada especial. O lugar é bem bonito e rural, com pouca gente. Valeu o passeio.

Nossa ancoragem está perfeita, no meio de tudo e próximo a uma prainha de desembarque fácil. Em frente tem um restaurante que apóia oa velejadores e, embora fechado para férias, estamos com acesso a água.

Praia da ancoragem.

31-junho

Dia de travessia Santo André Ilhéus.

Partimos ma maré alta, por volta das 11 da manhã. Em pouco tempo percebi que o reparo da bomba dágua não ficou bom, ou seja, vou ter que ir colocando água sempre que precisar do motor. Já estava assim. O pior é que em Porto eu troquei o reparo com um mecãnico de la´, mas como a peça é importada, tivemos que fazer uma adaptação, que não resultou bem.

Mas quero falar de Santo André. Foi o lugar que mais gostei até agora. Mais do que o visual de rio, mata, mas pelas pessoas que conhecemos. Não somente eu mas todos encontramos figuras especiais. Creio que a mais intensa foi o Carlindo. Ele me foi indicado pelo Jose Roberto, de Porto Seguro e foi bem legal a nossa convivência. Acabamos ficando amigos. Ele acabara de perder seu pai, figura muito marcante em sua vida, que ensinou a velejar (ele era navegante de escuna, só que a vela de verdade, sem motor) e viver de bem com a vida. Fizemos uma super velejada daquelas de hobbie-cat em que se conversa muito e deu para conhecer a figura humana que é ele. Assim ele é , de bem com a vida e feliz. São pessoas assim que devemos manter ao redor. Ele apresentou aos meus filhos os barcos hobbie-cat 16, dingue e mais um outro de um projeto para crianças carentes, bem legal o barquinho a vela, tipo um optimist, mas em madeira.

Todas as pessoas locais eram simpáticas e conversavam. Aquele clima de cidade pequena. Muito bom. As crianças também curtiram.

O Rodrigo colou num garoto de lá , o Jakiam, que velejava nos barcos do Carlindo. Filho de argentina com baiano, ele vice lá desde que nasceu. Uma figura, louro de cabelos compridos e olhos azuis. Foi o companheiro de Rodrigo nas velejadas e surfadas.

Tivemos uma situação, para variar. Eu e Rodrigo fomos na capoeira local, do Pinguin, que também faz projeto social com a comunidade. Quando voltamos Maite e Diego haviam mudado o barco de lugar, retirado a âncora, sei lá o que. Como estaava estável e partiríamos logo a seguir, deixei do jeito que estava. Maite ficou preocupada e pediu para Diego ficar vigiando. Dito e feito, o Sobá soltou e foi levado pela corrente. Por felicidade Diego viu e me avisou. Lá vamos todos, ligar motor, recolocar a ãcora, blá,blá,blá, tudo de noite, próximo da uma da manhã. Sem consequências maiores.