quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Sal;
De Canárias partimos para Ilha de Sal, Cabo Verde. Das 10 ilhas são as que estão mais a leste do arquipélago.  A travessia foi meio estressante, com vento muito forte e de popa.  Mesmo com o preventer improvisado houve alguns “jaibes” (troca de posição da retranca) e houve algumas avarias.  O mar estava bem grande,  creio que uns 4 ou 5 metros, o que colocou a navegação meio desconfortável e bem molhada.  O mar atravessava o Sobá de fora a fora... Mas cumprimos as 870 milhas em 6 dias.  No meio da travessia rolou o aniversário do Rodrigo, com direito a guaraná, bolinho e tudo.
Na primeira ancoragem em Palmeiras sentimos a grande diferença.  Saindo de territórios europeus entramos na África.  Muita pobreza e clima de terceiro mundo.  Mas fomos muito bem tratados por sermos brasileiros, eles adoram o Brasil.  Na ancoragem apareceu o Krapun, veleiro de bandeira brasileira com o Hélio, que vinha solitário.  Claro que nos entrosamos rapidamente e de cara ele almoçou conosco, com direiro a feijão e arroz.  Logo chegaram os amigos Javier e Graziela, do  veleiro Horizonte.  Ouvimos no rádio que eles estavam vindo e que estavam sem o motor pois havia entrado um cabo no hélice. Fomos ao resgate do Horizonte e ajudamos com o dingue a ancorar em Palmeiras.  Eles nos contaram que a travessia também havia sido bem ruim e perderam  algumas coisas do convés, inclusive o cabo que foi parar no hélice.  Até água entrou para dentro da cabine.

Nosso grupo aumentou para  tres barcos e ainda ancoramos no meio da ilha sentido sul.  Depois o Krapun partiu e fomos com o Horizonte para Santa Maria, ao sul da ilha.  De lá partimos para o Brasil.









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