Sal;
De Canárias partimos para Ilha de Sal, Cabo Verde. Das 10
ilhas são as que estão mais a leste do arquipélago. A travessia foi meio estressante, com vento
muito forte e de popa. Mesmo com o
preventer improvisado houve alguns “jaibes” (troca de posição da retranca) e
houve algumas avarias. O mar estava bem
grande, creio que uns 4 ou 5 metros, o
que colocou a navegação meio desconfortável e bem molhada. O mar atravessava o Sobá de fora a fora...
Mas cumprimos as 870 milhas em 6 dias.
No meio da travessia rolou o aniversário do Rodrigo, com direito a
guaraná, bolinho e tudo.
Na primeira ancoragem em Palmeiras sentimos a grande
diferença. Saindo de territórios
europeus entramos na África. Muita
pobreza e clima de terceiro mundo. Mas
fomos muito bem tratados por sermos brasileiros, eles adoram o Brasil. Na ancoragem apareceu o Krapun, veleiro de
bandeira brasileira com o Hélio, que vinha solitário. Claro que nos entrosamos rapidamente e de
cara ele almoçou conosco, com direiro a feijão e arroz. Logo chegaram os amigos Javier e Graziela,
do veleiro Horizonte. Ouvimos no rádio que eles estavam vindo e
que estavam sem o motor pois havia entrado um cabo no hélice. Fomos ao resgate
do Horizonte e ajudamos com o dingue a ancorar em Palmeiras. Eles nos contaram que a travessia também havia
sido bem ruim e perderam algumas coisas
do convés, inclusive o cabo que foi parar no hélice. Até água entrou para dentro da cabine.
Nosso grupo aumentou para
tres barcos e ainda ancoramos no meio da ilha sentido sul. Depois o Krapun partiu e fomos com o
Horizonte para Santa Maria, ao sul da ilha.
De lá partimos para o Brasil.
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