segunda-feira, 22 de outubro de 2012



                            Finamente Noronha!


    Estou começando o texto com essa frase porque é o único lugar de que eu tinha certeza de que íamos parar e (acho que falo por todos) o lugar com maior expectativa.
Quase chegando em Noronha, expectativa no olhar!
    Partimos do Clube Cabanga, Recife, às 13h00min do dia 13/10 junto com o Grupo de bandeira amarela da Refeno que incluía , além de nossa classe, mais duas classes. No total tem 120 barcos inscritos.
    Saímos do canal de Recife todos animados pra nossa 1ª regata e mais animados ainda porque estávamos passando alguns barcos. Claro que nossa travessia não podia começar tão bem assim,  acontece que havia uma tal de Boia Norte que era “marca de percurso” e tínhamos que deixa-la a bombordo (o lado esquerdo do barco, olhando para frente) e quase batemos nela. Acabamos tendo que voltar um pouco pois se não seríamos desclassificados da regata, assim, logo de cara!
    O resto da travessia foi tranquilíssima, velejamos uma orça firme com três velas e tivemos uma média de 7,5 nós, chegando a 9,5 numa rajada de vento (nosso novo recorde!).
    Para felicidade de todos avistamos Noronha por volta das 8:00 e maior ainda foi ver que o Papa-Léguas e o Pé-na-Tábua  tinham ficado para trás durante a noite!
    Mas é claro, nossa felicidade durou pouco. Novamente nos demos mal por causa de uma boia, mas dessa vez era a da linha de chegada. Quando fomos chegando próximo à linha de chegada o vento deu uma virada e ficou bem na nossa cara de tal modo que não tinha como ir reto até a linha de chegada velejando e tivemos que dar vários bordos, ou seja, mudar a vela de lado várias vezes. Essa é uma manobra cansativa  , ainda mais para nós inexperientes, e ela faz com que o barco vá bem devagar.  Tivemos que fazer a manobra tantas vezes que dois barcos passaram pela gente, por sorte eles não eram da nossa classe. Totalizamos a regata em menos de 48 horas e em 43º lugar geral para orgulho de todos que achamos que íamos ganhar o prêmio Tartaruga Marinha, que é dado ao penúltimo barco que chega em Noronha.        
A linha vermelha é o nosso percurso, a preta com duas bolinhas rochas é a linha de chegada. 
    Cansados e frustrados chegamos ao ancoradouro e para fechar a travessia  tivemos que ancorar três vezes.
    Na primeira a gente ficou muito no meio dos barcos e ficamos com medo de soltar e bater em alguém. A segunda vez foi porque ancoramos no meio do canal dos barcos aqui e tivemos que nos mudar até que na terceira (e última vez eu espero) ancoramos e ficamos.
    Todos cansados e sujos da travessia fomos dar um mergulho, à final estamos em Noronha e aqui a água é incrível.
    Entramos n’água e ficamos admirados, a água aqui é tão cristalina que só perde para o Poço Azul, na Chapada Diamantina. Ainda chocados com a cor da água um cardume  de uns seis ou sete golfinhos veio nos dar as boas-vindas e depois passaram por baixo do barco rumo ao horizonte, com meu pai nadando atrás deles e gritando em “golfinhês” pra chama-los.
  
Vista do ancoradouro


Morro do Pico. Desse ângulo da para ver a face de um Gigante!

            





















    Esse texto eu escrevi no nosso primeiro dia em Noronha mas não pudemos postar por falta de internet. Futuramente meu pai deve postar alguma coisa sobre a semana..
Abraços a todos,
                               Diego Mondego

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